quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DEVANEIO ACERCA DA FILOSOFIA PRÁTICA

Talvez hoje te venha falar de outros destinos, de uma filosofia prática, algo aplicado ao serviço de quem usa a filosofia como instrumento de orientação da sua conduta, mas, entretanto terei de amadurecer as ideias! Um consultório de filosofia prática? Que virtude! Bem… a lei já é matéria de anedotas e o rebanho a que te sujeitas faz de ti um ser decadente, numa moral de oportunistas, dessa sorte, talvez uma vertente lógica e filosófica te iluminará, conduzindo a que possas sair desse túnel dos medos e dos irracionais. Tempestades da educação são desmistificadas pela luz da filosofia. Vamos colocar a filosofia ao serviço dos utentes? Tu obedeces, sujeitas-te, traças a tua decadência por um suposto “dever ser”, uma vez que a tua referência é o teu próximo. Mas qual a realidade de tudo isso? Para que serve? É urgente fazer uso da filosofia, criar-se um consultório e mostrar que afinal o pensamento tomado pela luz da razão tem utilidade.
As modas circulam desmedidamente, são classificadas, depois ajustam-se a determinados temperamentos, como expressão de uma necessidade maior. O valor enforma por norma no indivíduo, com clareza ou não daquilo que é, rege-se por uma conduta padronizada de acordo com princípios da comunidade onde está inserido, disso rezam os provérbios, os adágios e aquilo a que se chama dogma consolida posturas que a vertente prática da filosofia rasga, é necessário anular os medos de uma sociedade decadente!
A filosofia prática procura que possas agir em conformidade com a harmonia, a doçura do racional e não com a lei castradora, bloqueadora que para nada serve a não ser para matar! A filosofia prática evita a morte, procura a justiça, levando impunemente a regência da justa causa do problema. A justiça ideal bebe do sentimento, ainda que este emane dos particulares, do sentimento que tem em si sempre um lado estranho… esse estado de estranheza é possível vir a compreender-se pela vertente filosófica, essa que Sócrates, o pai da Filosofia postulava de “conhece-te a ti mesmo”. Vamos pensar nisso! Quem se conhece a si? Como se conhece? Quais as formas que usa para se conhecer? Quem consultamos para ter tal acesso a esse mistério? Psicologia? A Psicologia problematiza como a filosofia? Mostra? Duvida? Questiona procurando a verdadeira causa? Pois! Uma Filosofia prática ajuda, é o lado útil da questão que até aqui parecia adormecida, que estava enterrada na terra dos medíocres uma vez que só a teoria sem aplicação em nada resolve. A filosofia tem a sua utilidade, está no nosso dia-a-dia, está lá e serve, em todas as áreas. Quem diz que a filosofia não serve para nada, certamente não quer ver a realidade com olhos de ver, mas com os preconceitos, com as teias, com aquilo que não resolve nada. A filosofia está em todas as disciplinas do ensino, todas, desde a matemática às literaturas. A filosofia conduz e ainda que depois de se ler tudo isto se continue a dizer que isto em nada serve, serve, acaba por ter a consciência que o que está a dizer é o maior disparate. Afinal se não existisse a filosofia não existia o amor pelo saber, por querer dar ordem, resolver os problemas, esses que são os do nosso dia-a-dia, como negócios, ir às compras, ir ao médico, psiquiatra, ir ao mecânico… uma filosofia aplicada ao uso das tecnologias, computadores, telemóveis… veja-se a filosofia do uso prático do telemóvel. Para que serve o telemóvel? Comunicar, certamente, comunica-se de muitos modos, usam-se argumentos, procuram-se soluções. Consulta um filósofo e ele te diz alguma coisa… saberá da tua alma e não falasse disso Aristóteles no “tratado das paixões da alma”.

Tavira, 27 de Agosto de 2009 – 00:38h
Jorge Ferro Rosa
PS. Ver: http://gabinete-project.blogspot.com/ - Gabinete projecto – Consultadoria Filosófica

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